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viernes, 22 de agosto de 2014

[BRASIL] PCO: "NA DONNELLEY ARGENTINA: O CONTROL OPERÁRIO DA PRODUÇÃO"

http://pco.org.br/internacional/o-controle-operario-da-producao/ajjp,a.html


21 de agosto de 2014 06:26 PM

Na Donnelley argentina

O controle operário da produção

Se os capitalistas não sabem administrar e levaram a empresa à falência, que os trabalhadores, que efetivamente fazem a empresa funcionar, tomem conta do negócio

No dia 12 de agosto, na madrugada de uma terça-feira, em Garín, na Grande Buenos Aires, trabalhadores ocuparam uma fábrica gráfica da Donnelley, uma empresa multinacional norte-americana. Na sexta-feira anterior (8), a empresa pediu à justiça a falência da fábrica, obtendo uma declaração favorável na segunda-feira (11). A falência, que deixaria 400 famílias na rua, seguiu-se a uma série de tentativas de demissões e de arrochar os salários. Em defesa de seus empregos, os trabalhadores ocuparam a fábrica da Donnelley e exigem a expropriação da fábrica sem indenização e sua estatização sob gestão operária. O governo de Cristina Fernández de Kirchner, no entanto, nega-se a estatizar a gráfica.

Kirchner não estatiza a gráfica da Donnelley em Garín porque tem interesse em dá-la a outro capitalista. O novo patrão que o governo pretende colocar no comando é Sergio Szpolski, empresário das comunicações. Trata-se de um sionista ligado ao governo, que persegue, em suas empresas, até os próprios jornalistas kirchneristas que se colocaram contra Israel diante do massacre de civis na Faixa de Gaza.

Lei antiterrorista contra a Donnelley?

O governo de Cristina Kirchner diz que aplicará a lei antiterrorista contra os donos da fábrica, argumentando que a empresa está ligada aos fundos abutres e quer aterrorizar a população e causar o caos.

Há dois problemas nisso. Em primeiro lugar, a lei antiterrorista é uma lei penal, não tocará na propriedade da empresa, nem mudará a situação dos trabalhadores. Não defende seus postos de trabalho. Em segundo lugar, trata-se de legitimar a lei antiterrorista, uma lei ditada pelos norte-americanos, que será usada contra os movimentos sociais, contra os trabalhadores em luta.

Tendência de novas ocupações

A Argentina passa por uma recessão, com demissões, arrocho salarial e fechamento de empresas. A ocupação de Donnelley mostra uma tendência dos trabalhadores de ocuparem as fabricas, de defenderem seus postos de trabalho. Depois da ocupação de Donnelley, um frigorífico na zona Sul de Buenos Aires, o frigorífico Ciaber, foi ocupado, depois de ter anunciado a demissão de cinco trabalhadores. Depois da ocupação, a empresa teve que voltar atrás e reincorporou os trabalhadores que tinham sido demitidos.

A burocracia sindical rejeita as ocupações de fábricas. Os partidos da frente de esquerda (PTS, PO, Esquerda Socialista) adaptam-se à burocracia e não impulsionam um movimento que supere a burocracia.

A crise capitalista tende a impulsionar tais tendências, a aprofundar o abismo entre os interesses dos explorados e os da burguesia, seus governos e da burocracia que os apoia, impulsionando uma verdadeira mobilização independente do movimento operário que a “esquerda” nem sequer imagina que seja capaz de ocorrer. O método de ocupação de fábrica é de vital importância para impulsionar o movimento grevista e deve ser utilizado como uma ferramenta dos trabalhadores contra os patrões, contra as demissões, o arrocho salarial etc. No próximo período, o aprofundamento da crise capitalista mundial, colocará em movimento os setores de vanguarda da classe operária. O confronto aberto entre a burguesia e o proletariado estará colocado em primeiro plano.

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