A continuación, reproducimos la traducción al portugués de nuestro artículo sobre las elecciones de Brasil, realizada y publicada por el Partido Causa Operaria (PCO).
http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=38425
Contra a frente popular em Belém
"Votamos no PCO”
"Votamos no PCO”
Leia aqui a nota da Tendência Piqueteira Revolucionária (TPR), um agrupamento de militantes trotskistas argentinos expulsos do Partido Obrero (PO)
5 de outubro de 2012
5 de outubro de 2012
“Contra a frente popular em Belém, votamos no PCO ali onde ele lance candidatos, e em branco onde não lançar, para construir uma verdadeira frente de esquerda”
As eleições municipais de 7 de outubro no Brasil estão marcadas pela bancarrota capitalista, que tem como consequência as demissões e suspensões massivas, assim como também um ataque ao salário dos trabalhadores em nível nacional. Frente a isto, os trabalhadores do Brasil começaram a se levantar contra o governo do PT de Dilma e Lula: greve geral dos professores das universidades federais, greve dos funcionários públicos, greves dos trabalhadores dos Correios, greve da Polícia Federal em apoio aos funcionários públicos, bem como a ocupação da Universidade de São Paulo por parte de seus estudantes e a ocupação do Pinheirinho por moradia. Os trabalhadores estão passando por uma experiência em oposição ao PT e a sua burocracia sindical, direção da CUT. As eleições, portanto, se colocam como um episódio central da luta política em nível nacional para estruturar uma verdadeira de esquerda ao governo frentepopulista e pro-imperialista do PT.
Psol: uma reedição frustrada do PT
O Psol (Partido Socialismo e Liberdade) busca capitalizar o retrocesso político do PT. Sua pretensão de capitalizar o colapso do PT não se desenvolve sobre a base de superar a experiência do PT, mas da tentativa de reeditá-la. O candidato a governador do Rio de Janeiro do Psol, Marcelo Freixo, faz campanha dizendo que a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora nas favelas foi uma conquista popular. Em Belém, seu candidato a governador, Edmilson Rodrigues, se reuniu com o arcebispo metropolitano em plena campanha, para dar mostras de sua vocação eclesiástica. Tudo isso não impede que grupos brasileiros vinculados ao MST argentino (MES), e a Izquierda Socialista (CST), continuem a fazer parte do Psol sem se delimitar.
O Psol, no entanto, está a ponto de atravessar uma forte crise: sua direção pretende armar um partido em comum com Marina Silva, que foi Ministra do Meio Ambiente de Lula, sobre a base da dissolução do próprio Psol. A construção de uma formação política comum com Silva por parte da direção do Psol vai deixar à deriva as organizações morenistas que ingressaram no Psol, colocando em destaque o fracasso das tentativas de construir “partidos de tendências” baseados nos apetites eleitorais de uma camarilha parlamentar.
Psol-PCdoB-PSTU: Frente Popular em Belém
Na cidade de Belém, o Psol pode ganhar a prefeitura sobre a base do completo colpaso do PT. Ali, encabeça uma frente integrada pelo PCdoB (partido que faz parte do governo nacional de Dilma), e pelo PSTU, seção brasileira da LIT morenista. O PSTU se integrou à frente caracterizando-a como a expressão da ruptura das massas com o PT pela esquerda. No entanto, a direção da frente tem um plano de governo capitalista, e seu próprio candidato já foi duas vezes prefeito pelo PT. Em todo caso, a candidatura de Edmilson Rodrigues serve para conter e negar a ruptura à esquerda das massas com o PT, não para expressá-la e lhe dar projeção política independente. Tudo isso é importante porque em Belém é onde o Psol tem, efetivamente, chances de vencer: o PSTU decidiu alinhar-se à Frente Popular ali onde efetivamente esta pode chegar ao poder do Estado capitalista.
PCO: a oposição à Frente Popular
O Partido da Causa Operária (que foi legalizado nos anos 90 e que fez parte da fundação da CRQI junto ao Partido Obrero) não tem uma política de subordinação à Frente Popular. Rejeita a frente em Belém e trava um combate no movimento operário contra a política conservadora do PSTU e contra as direções burocráticas do PT e do PCdoB. Nesse ponto, o PCO expressa uma posição independente dos trabalhadores. No entanto, o PCO se distanciou da CRQI sem publicar um balanço deste afastamento, o que constitui uma limitação política porque qualquer partido revolucionário que se preze como tal somente pode ser construído em uma estreita relação com a luta política em nível mundial pela construção de uma organização revolucionária internacional dos trabalhadores – a IV Internacional. Por sua vez, a atividade do PCO se concentra no terreno sindical, o que não se complementa com uma intensa atividade de agitação política contra o resto dos partidos no plano eleitoral – inclusive no período imediatamente prévio às eleições.
A alternativa: contruir uma verdadeira Frente de Esquerda contra o PT e a Frente Popular
Mas no Brasil é necessário desenvolver uma luta política revolucionária em todos os terrenos. A construção do partido revolucionário não se contrapõe, mas se complementa e se desenvolve através da luta pela ruptura da esquerda com a burguesia e com a Frente Popular. Deve-se desafiar ao PSTU, o PCB e às organizações de esquerda que fazem parte do Psol, e exigir deles que rompam com a Frente Popular. A palavra de ordem de construir uma verdadeira Frente de Esquerda é um instrumento para desenvolver esta luta política, em oposição às falsas Frentes de Esquerda que encobrem formações frente-populistas.
Com esse chamado, nós da Tendência Piqueteira Revolucionária chamamos a votar no Partido da Causa Operária ali onde ele tenha candidatos e em branco onde não, no dia 7 de outubro no Brasil.
Juan Marino
3 de outubro de 2012

O dia que vocês vierem para o Brasil e conhecerem o PCO, irão voltar correndo e se arrependerão o resto de suas vidas de terem saído do Partido Obrero da Argentina. Perto do PCO vocês parecem um buquê de flores...flores revolucionárias é lógico!!
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