A continuación, reproducimos un artículo publicado por los compañeros del Partido da Causa Operária (PCO) de Brasil, solidarizándose con la lucha de los compañeros piqueteros de Chaco por juicio y castigo a los policías torturadores. Llamamos al conjunto de las organizaciones de izquierda a nivel internacional a pronunciarse en el mismo sentido.
http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=39579
Argentina
A Lei Antiterrorista em ação
Militantes de organizações sociais presos, de maneira sumária, torturados e indiciados
1 de fevereiro de 2013
1 de fevereiro de 2013
De acordo com um recente comunicado de imprensa das organizações MCC (Movimento Classista e Combativo) e do Movimento 20 de Dezembro, que atuam na Província do Chaco, na Argentina, dois militantes foram detidos ilegalmente, golpeados e torturados numa delegacia da polícia provincial.
A irmã do detido Cesar Romero, Daniela Romero, se dirigiu até a delegacia, onde o encarregado da guarda lhe informou “que nesta delegacia não existem direitos” e ele próprio voltou para a cela para bater no Cesar pessoalmente. A Daniela também começou a ser golpeada por outros policiais. Ambos foram levados a uma sala onde os golpes continuaram e o César foi brutalmente torturado. Quatro dias depois, César foi liberado, mas o governo provincial, do peronista Jorge Milton Capitanich, manteve diversos cargos, entre os quais resistência contra a autoridade, e atribuiu à OCI (Órgão de Polícia Institucional), uma espécie de corregedoria, a investigação e interrogatório dos militantes.
Capitanich é ligado ao governo federal de Cristina Kirchner, encabeçou o Conselho de Ministros em 2002 e se encontra no segundo governo na província do Chaco.
De acordo com o comunicado, os métodos de tortura são comuns nos aparelhos repressivos argentinos. Durante os governos Kirchner, 2241 pessoas já foram assassinadas pelos órgãos repressivos, 17 das quais em mobilizações populares. “Julio López foi desaparecido por denunciar os militares da ditadura; pelo mesmo motivo foi assassinada Silvia Suppo; Daniel Solano foi desaparecido por organizar os trabalhadores rurais; Luciano Arruga foi desaparecido por negar-se a traficar drogas para a polícia.” “O governo de Cristina, longe de desmantelar o aparelho repressivo, tem buscado reforça-lo. A aprovação da Lei Anti-terrorista implica em outorgar mais ferramentas para criminalizar os protestos populares. O Projeto X [unidade da Gendarmeria Nacional que tem espionado os militantes e as organizações sociais] é um instrumento para profissionalizar a espionagem sobre os lutadores [sociais]. A “segurança democrática” de Garré [ministra da Defesa] teve como resultado a detenção ilegal de 68 piqueteiros em Campo de Maio, centro clandestino de detenção durante a ditadura, com oscarapintadas [setores golpistas do exército que atuaram durante os governos de Raúl Alfonsín e Carlos Menem] à cabeça. O entrelaçamento das forças repressivas da Argentina com os serviços de inteligência norte-americanos tem se aprofundado: a prova é a presença da base militar ianque no Aeroporto Internacional de Resistência [na capital do Chaco]. Após ter imposto o levantamento da greve da Gendarmeria Nacional [espécie de Guarda Nacional brasileira] e da Prefeitura Naval (responsável pelas fronteiras marítimas), [em outubro de 2012], Cristina e Berni têm reforçado as cúpulas de ambas forças. Cristina, por tanto, está do lado do aparelho repressivo e das suas cúpulas, contra o conjunto dos explorados do nosso País.”
No dia 21 de janeiro, várias organizações sociais, o Movimento 20 de Dezembro, o MCC, o MTR, a CCC, a FOB, o PRT, a CTA, o MTD 17 de Julho e o MTR-CUBa, promoveram manifestações na cidade de Resistência que se concentraram em frente à Casa de Governo da Província. Entre as reinvindicações figuravam: O castigo dos torturados. A substituição da polícia por um “corpo de segurança cidadão controlado, votado e integrado pelas organizações piqueteiras, cidadãs e dos direitos humanos”. Justiça para os lutadores sociais assassinados. Derrogação da Lei Antiterrorista. Desmantelamento do Projeto X. Fora a base ianque do Chaco.
A irmã do detido Cesar Romero, Daniela Romero, se dirigiu até a delegacia, onde o encarregado da guarda lhe informou “que nesta delegacia não existem direitos” e ele próprio voltou para a cela para bater no Cesar pessoalmente. A Daniela também começou a ser golpeada por outros policiais. Ambos foram levados a uma sala onde os golpes continuaram e o César foi brutalmente torturado. Quatro dias depois, César foi liberado, mas o governo provincial, do peronista Jorge Milton Capitanich, manteve diversos cargos, entre os quais resistência contra a autoridade, e atribuiu à OCI (Órgão de Polícia Institucional), uma espécie de corregedoria, a investigação e interrogatório dos militantes.
Capitanich é ligado ao governo federal de Cristina Kirchner, encabeçou o Conselho de Ministros em 2002 e se encontra no segundo governo na província do Chaco.
De acordo com o comunicado, os métodos de tortura são comuns nos aparelhos repressivos argentinos. Durante os governos Kirchner, 2241 pessoas já foram assassinadas pelos órgãos repressivos, 17 das quais em mobilizações populares. “Julio López foi desaparecido por denunciar os militares da ditadura; pelo mesmo motivo foi assassinada Silvia Suppo; Daniel Solano foi desaparecido por organizar os trabalhadores rurais; Luciano Arruga foi desaparecido por negar-se a traficar drogas para a polícia.” “O governo de Cristina, longe de desmantelar o aparelho repressivo, tem buscado reforça-lo. A aprovação da Lei Anti-terrorista implica em outorgar mais ferramentas para criminalizar os protestos populares. O Projeto X [unidade da Gendarmeria Nacional que tem espionado os militantes e as organizações sociais] é um instrumento para profissionalizar a espionagem sobre os lutadores [sociais]. A “segurança democrática” de Garré [ministra da Defesa] teve como resultado a detenção ilegal de 68 piqueteiros em Campo de Maio, centro clandestino de detenção durante a ditadura, com oscarapintadas [setores golpistas do exército que atuaram durante os governos de Raúl Alfonsín e Carlos Menem] à cabeça. O entrelaçamento das forças repressivas da Argentina com os serviços de inteligência norte-americanos tem se aprofundado: a prova é a presença da base militar ianque no Aeroporto Internacional de Resistência [na capital do Chaco]. Após ter imposto o levantamento da greve da Gendarmeria Nacional [espécie de Guarda Nacional brasileira] e da Prefeitura Naval (responsável pelas fronteiras marítimas), [em outubro de 2012], Cristina e Berni têm reforçado as cúpulas de ambas forças. Cristina, por tanto, está do lado do aparelho repressivo e das suas cúpulas, contra o conjunto dos explorados do nosso País.”
No dia 21 de janeiro, várias organizações sociais, o Movimento 20 de Dezembro, o MCC, o MTR, a CCC, a FOB, o PRT, a CTA, o MTD 17 de Julho e o MTR-CUBa, promoveram manifestações na cidade de Resistência que se concentraram em frente à Casa de Governo da Província. Entre as reinvindicações figuravam: O castigo dos torturados. A substituição da polícia por um “corpo de segurança cidadão controlado, votado e integrado pelas organizações piqueteiras, cidadãs e dos direitos humanos”. Justiça para os lutadores sociais assassinados. Derrogação da Lei Antiterrorista. Desmantelamento do Projeto X. Fora a base ianque do Chaco.
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